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Uma história de centralização
1°Postagem
Em um país (Brasil) nenhum tema de ordem política é tão importante para o futuro democrático do que o que diz respeito ao recorte de suas instituições políticas e que, significa falar da questão federativa, que a partir desse momento começa a sair das restritas preocupações acadêmicas para ganhar as ruas.
É unânime entre alguns cientistas políticos que tem se dedicado a estudar o Brasil, a constatação de que um dos principais problemas, no que diz respeito ao desenvolvimento democrático, é o fato de não termos uma tradição cívica da população que compõe o país, ou seja, as questões publicas estão longe das preocupações da maior parte da população. Por outro lado, está se tornando unânime, também, a identificação das razoes deste desinteresse em participar das decisões políticas e estas estão associadas à formação histórica do país e ao seu recorte institucional.




2° Postagem
De 1500 á 1822, foram deixadas marcas profundas na cultura brasileira devido ao longo período de colônia. O processo de independência veio mais como vontade das elites, descontentes com a metrópole, e não de acordo com a vontade do conjunto da população. Já no EUA, quem tomou parte do processo de independência foi a população.
Mesmo com o período do Império (1822 á 1889) a situação continuava a mesma em relação ao envolvimento da população nas questões políticas. O advento da republica em 1889 ocorreu devido as pressões da população em lutar por melhores condições de vida até os militares encontravam-se descontentes com o espaço que ocupavam na vida política, desta forma envolveram-se e tiveram uma participação ativa na criação da Republica, porém, a população manteve distancia das questões que dizia respeito ao destino do pais.
Essa situação de participação de apenas uma elite na vida nacional só irá se alterar na década de 1920 que culminará na assim chamada, revolução de 1930.
Hoje após a constituição de 1988, podemos dizer que temos “ou deveríamos ter” a possibilidade de viabilizar uma democracia substantiva no Brasil.
A história do estado Brasil é uma história de centralização política e administrativa. No Império, em que a base econômica era centrada em um regime escravocrata, centrada no latifúndio, as centralizações das decisões de toda a ordem se constituíam em uma necessidade para sobrevivência do próprio regime.


3° Postagem
No período do Estado Novo foi o momento em que o estado mais se fez presente e de forma mais centralizada.
Foi a partir da disposição de Vargas que se iniciou um período democrático no Brasil.
Após o comando de Vargas veio o de João Goulart que criou o PTB (partido trabalhista brasileiro), com esse partido foi implantado as reformas de base, interrompida brutamente pelo golpe militar de 1964, tendo ai os militares retomando a centralização das decisões políticas e administrativas.
Em 1988 a população teve mais chance de interferir nas decisões políticas do Brasil, através de referenda e peblicitos. Na época da ditadura, o principal tema a mover os setores da classe política não poderia ser outro que os esforços para reconquistar a democracia política e social.
Hoje são promessas em relação à saúde, educação, saneamento básico, moradia, infra-estrutura, etc. De 10 coisas que eles prometem as vezes não chegam a cumprir nem 5. Mas a população insiste em eleger o mesmo candidato, só porque ele criou um projeto que deu casa, comida, dinheiro ou outra coisa. Chegamos num ponto em que todos os governos, todas as sucessões são iguais, tem as mesmas promessas, mas tendo também a mesma administração, eles só mudam as siglas. Para essa situação mudar, só depende de cada um de nós. O voto é a arma do povo!

                                                                      4° Postagem 

    No século XIX, observamos um período de notável estabilidade política arquitetado durante o governo de Dom Pedro II. Mediante o conflito de interesse consolidado pelas diferenças políticas entre liberais e conservadores, Dom Pedro II tomou as rédeas do governo reafirmando a centralização do poder político imperial. Dessa forma, os direitos

    Qualquer sinal de desacordo e conflito entre os poderes Legislativo e Executivo era motivo para que a Câmara fosse dissolvida e novas eleições fossem convocadas. Além disso, o oferecimento de cargos públicos a representantes do Legislativo fazia da Câmara um reduto de políticos fiéis aos interesses do imperador. Essas estratégias de equilíbrio entre conservadores e liberais acabaram no momento em que algumas transformações se iniciaram na segunda metade do século XIX. 


     As pressões políticas inglesas e o ideário abolicionista colocaram em cheque as bases da economia brasileira da época. Sob a possibilidade de extinção do tráfico negreiro, as alas políticas vinculadas ao governo tinham diferentes formas de perceber essa mesma questão. De um lado, os latifundiários nordestinos defendiam o prolongamento do escravismo devido à baixa demanda por trabalhadores na região. Por outro lado, os cafeicultores paulistas esperavam que o Estado financiasse a vinda de trabalhadores estrangeiros para o país.

    A proibição do tráfico negreiro, em 1831, incentivou o surgimento de novas atividades no ambiente urbano. Essa diversificação economica veio junto da aparição de novos setores sociais simpáticos a reformas que desatrelassem a política brasileira da presença exclusiva das elites nos quadros do poder. O Centro Liberal, por exemplo, reivindicava o fim do Senado Vitalício, a extinção do Conselho de Estado e o fim do voto censitário. atribuídos pelo Poder Moderador foram usados em larga medida pelo rei. 

5° Postagem

    Somado a esses primeiros movimentos questionadores do poder monárquico, o enfraquecimento das finanças do governo com o envolvimento na Guerra do Paraguai também contribuiu para o fim da estabilidade política. Ao tentar reverter sua frágil situação econômica, o governo decidiu aumentar impostos e tarifas. Os militares, que saíram prestigiados da guerra, engrossaram o coro contra o imperador alegando a falta de interesse de Dom Pedro II em valorizar os quadros do Exército. 
     A questão da escravidão, de grande interesse dos latifundiários, era confiada ao interventor do Estado. No entanto, em 1888, a aprovação da Lei Áurea – que previa a abolição sem uma indenização prévia aos senhores de escravos – retirou o mais influente sustentáculo político de Dom Pedro II. A partir de então, as elites da época não necessitavam da preservação de um sistema político centralizado.      Dessa forma, sem mais contar com o apoio de seus históricos aliados e nem conseguir o apoio dos novos grupos sociais urbanos, o governo de Dom Pedro II foi alvo de um golpe militar que deu fim à Monarquia, em 15 de novembro de 1889. A partir dessa data, o regime republicano inaugurou um novo capítulo na política brasileira.
Referencia Bibliográfica



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